"De
longe, a primeira coisa que surge é a figura de JK, suspensa sobre
a cidade que criou em pleno cerrado. Depois o corpo baixo e extenso
do Memorial e a cúpula protetora da Câmara Mortuária. Devagar, o
visitante desce pela rampa que conduz ao hall inferior onde ficam
a administração, a biblioteca, a sala de metas, o balcão de informação,
venda de livros, fotos, filmes etc. Se ele veio de carro, o percurso
é idêntico e, nesse mesmo hall, vai descer, seguindo o veículo para
o estacionamento. Pela escada de acesso, o visitante atinge o Memorial
propriamente dito e nele se detém, surpreso com o ambiente de sombra
inesperado.
À esquerda, fica a Câmara Mortuária. É um momento de pausa e respeito
que vai marcar sua visita. Um salão circular com 10 metros de diâmetro,
revestido com placa de granito tendo no centro o Túmulo do ex-Presidente,
que um belíssimo vitral de Marianne Peretti ressalta e ilumina.
Comovido o visitante sai da Câmara Mortuária que um painel de Athos
Bulcão compõe externamente, penetrando nos setores destinados à
memória de JK. São roupas, comendas e medalhas, fotos e correspondência,
coisas acessórias que o acompanharam por toda a vida. É a história
de JK que diante dos visitantes se reconstitui. De sua meninice
em Diamantina ao desastre fatal que o levou para sempre
Emocionado, o visitante retorna ao grande hall ou, se o programa
do dia estabelece, segue para o auditório para assistir uma conferência
ou filme referente ao ex-Presidente. Um grande auditório. O piso
de tapete violeta e as poltronas mais claras repetindo as cores
da Câmara Mortuária. O ambiente é climatizado e a iluminação indireta,
permitindo destacar com refletores os pontos desejados. A visita
terminou e o visitante desce o hall de entrada. Já no exterior,
ele se volta com certeza. Quer ver de longe o Memorial, a figura
de JK que, sorridente, dele parece se despedir."
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