Márcia Kubitschek

Márcia Kubitschek com as filhas,
Anna Christina e Júlia - 1976

A preservação do Memorial JK é a expressão de uma história construída por três gerações da família Kubitschek.


Em 1996, quando faleceu Dona Sarah, sua filha, Márcia Kubitschek, assumiu a direção do Museu.

Em 1991, Dona Márcia, como vice-governadora do Distrito Federal, cargo que ocupou até 1994, empreendera uma verdadeira batalha para aprovar a Lei de Manutenção do Monumento.

Márcia kubitschek nasceu em Belo Horizonte, em 1943, época em que seu pai era prefeito daquela capital. Durante toda sua juventude, esteve muito presente na vida pública de JK, que nunca escondeu a necessidade de manter a família sempre muito perto de si.

Chefiou o escritório da Embratur em Nova York, representando o turismo no exterior. Em 1988, não resistiu ao apelo da política e elegeu-se Deputada Constituinte.

Tendo herdado do pai o dinamismo e idealismo, Dona Márcia participou ativamente da vida política brasileira, especialmente quando assumiu parte da administração da nova capital fundada por seu pai.

Em 1996, foi designada para ocupar o cargo de vice-presidente da Embratur, onde permaneceu até o ano 2000.

Assim como o Presidente Juscelino Kubitschek, seu trabalho foi pautado pela ética e pelo espírito de grandeza. Essa disposição, Márcia Kubitschek soube cultivar em suas filhas, Anna Christina, Júlia e Alejandra, que sempre estiveram envolvidas nos rumos traçados para o Memorial JK.

Quando D. Márcia faleceu, em agosto de 2000, sua filha Anna Christina Kubitschek Pereira assumiu o presidência da instituição, trazendo juventude e um novo desafio: modernizar o Museu para o século XXI.

Com criatividade, planejamento e seriedade, Anna Christina conseguiu revitalizar o espaço e diferenciar a qualidade dos serviços oferecidos pela instituição. O acervo foi reorganizado e informatizado; os documentos textuais e fotográficos passaram por um rígido processo de conservação e digitalização; os objetos expostos foram valorizados por uma moderna iluminação interna e a nova iluminação externa destacou a figura de JK, dando imponência ao Memorial JK durante a noite brasiliense.

Em 2002, quando se comemora o centenário de nascimento do Presidente Juscelino Kubitschek, o Memorial completará 21 anos de existência. A longevidade talvez seja a comprovação de que a instituição vem cumprindo, com êxito, a sua missão: proporcionar à Brasília e ao Brasil a preservação de parte importante de seu patrimônio histórico e cultural.






Anna Christina Kubitschek Barbará Pereira



Anna Christina Kubitschek Barbará A. Pereira assumiu a direção do Memorial em outubro de 2000. O novo século estava chegando e o Memorial recebia agora uma injeção de juventude.

Anna Christina percebeu a necessidade de preparar o Museu para os novos tempos. Partindo do projeto original de Oscar Nierneyer, implementou a completa reforma do auditório que ficou mais leve e agradável, além da restauração do espelho d'água e suas cascatas há muito tempo desativadas. Em 21 de abril de 2001 foi inaugurada a nova iluminação externa do Memorial, realizada por meio do Projeto Reluz, que além de promover uma rigorosa revisão nas instalações elétricas e hidraúlicas, valorizou mais as formas da arquitetura do monumento.

o acervo foi reorganizado e informatizado, com um banco de dados completo, facilitando o acesso de estudantes e interessados em conhecer fatos históricos a respeito do Presidente Juscelino Kubitschek. Mais de 200 objetos foram incorporados à exposição permanente do Memorial. A renovação inclui a revisão das vitrines de exposição, a elaboração das galerias mais estruturadas e novos painéis que tornam a visita muito mais rica. Os modernos back-lights aumentaram a qualidade das fotografias em exposição e novos vídeos foram incorporados ao acervo do museu.

Houve um aumento substancial do número de publicações promovidas pela nova Presidência, como os novos folders, um portifólio sobre o trabalho de Dona Sarah, e o livro; 100 Anos da Vida e História de Juscelino Kubitschek, direcionado especialmente ao público infantil. Talvez em função da preocupação com as crianças podemos destacar, nos últimos anos, um considerável aumento da visitação de escolas e grupos infantis ao museu.

Para comemorar o centenário do Presidente Juscelino Kubitschek, o artista Darlan Rosa distribuiu pelo jardim do Memorial, esculturas em forma de esferas poéticas feitas em aço carbono que remetem a fragmentos da história de Brasília.

Seguindo uma tendência verificada nos mais importantes museus do mundo, a partir de 2002 o memorial JK foi incorporado ao Projeto Música no Museu que visa a integração da música às artes plásticas e demais manifestações culturais. O projeto trouxe ao público da capital o que há de melhor na música brasileira.

Com o espaço revitalizado, o Memoríal JK reencontrou seu significado: continuar a multiplicar o repertório de imagens e de memória, ocupando seu papel estratégico na cultura e garantindo a conservação da história do Presidente Juscelino Kubitschek.